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Mercado encolhe, mas gigantes seguem vendendo bem

11 anos e meio atrás

dori_dark_17.10.12

O final de ano normalmente é uma excelente época para a indústria de games, mas com uma enorme crise financeira acontecendo na Europa e tendo reflexo no resto do mundo, os últimos meses sugerem que o natal pode não ser tão bom quanto muitas empresas gostariam. Pelo menos não em relação ao jogos que não contam com um nome de peso ou uma poderosa campanha de marketing, conforme sugere este excelente artigo publicado no Gamasutra.

De acordo com o autor, como o mês de setembro pode ser considerado o meio do ano fiscal e já que no ano anterior 51% das vendas acontecerem antes da primeira semana de outubro, se o mesmo acontecer dessa vez é provável que a indústria de games veja os piores 12 meses dos últimos setes anos. Porém, há de se salientar que o cenário pode não ser tão feio quanto parece a princípio, já que os dados levam em consideração apenas as vendas físicas e como na distribuição digital a margem de lucro costuma ser maior, há a possibilidade de que na verdade as empresas tenham um ano melhor do que os anteriores.

Além disso, outro detalhe curioso é que as grandes franquias continuam tendo números bastante expressivos e por mais que pareça óbvio tal afirmação, os títulos que recebem caras campanhas publicitárias também tem obtido sucesso comercial, o que nos leva a pensar em como os gigantes estão engolindo os jogos considerados medianos.

Só para ter uma ideia da situação, pegue por exemplo títulos como o Sleeping Dogs e o Darksiders 2, ambos muito bem avaliados pela crítica e bastante elogiados pelos jogadores. Esses títulos venderam menos de 300 mil cópias durante agosto e em setembro nem mesmo apareceram na lista dos 10 mais vendidos. Por outro lado temos o caso do New Super Mario Bros. 2, que mesmo no seu segundo mês após o lançamento vendeu 500 mil unidades e lembre-se de que se trata de uma videogame que nos EUA possui uma base instalada de “apenas” 6 milhões de unidades.

Talvez o problema esteja na falta de interesse das pessoas devido o fim da atual geração ou simplesmente por a falta de dinheiro tê-las feito pensar melhor onde gastá-lo, mas se a maior parte dos títulos não podem se dar ao luxo de ter uma campanha publicitária de um Halo 4 ou um Call of Duty: Black Ops 2, será que o melhor para as editoras não seria perceber que nem todo lançamento merece chegar às prateleiras custando US$ 60? Não me refiro a qualidade, mas por não possuírem a força de um gigante e na minha opinião, jogos mais baratos podem ser uma excelente tática para conquistar a atenção dos jogadores.

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