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Apple não quer saber de jogo sobre suicidas

11 anos e meio atrás

Em boa parte das culturas o suicídio é um assunto que costuma ser evitado e por isso não chega a ser uma surpresa o fato de a Apple ter impedido que um jogo com essa temática fosse vendido através da App Store. O alvo em questão foi o In A Permanent Save State, título criado por Benjamin Poynter e que pouco menos de uma hora depois de aparecer na loja, foi retirado sem aviso.

O grande problema no entanto é que algumas pessoas acreditam que o jogo pode não ter sido removido apenas pela sua temática delicada e sim por seu enredo abordar a pós-vida de sete pessoas que teriam cometido suicídio depois de longas jornadas de trabalho, numa alusão aos eventos ocorridos na Foxconn em 2010. Como a companhia é conhecida por fabricar aparelhos para, entre outras, a Apple, a empresa da maça não teria gostado da homenagem, se é que podemos chamar assim.

Especula-se que o motivo da proibição seja a violação de uma regra que diz que um aplicativo não pode “ter como alvo uma raça específica, governo ou corporação, assim como qualquer outra entidade real,” mas ao serem questionados, nenhum representante da Apple quis dar uma declaração oficial.

Já o game designer afirmou que o seu objetivo não era causar raiva, mas “relacionar a situação desses jovens ao estresse surgido ao não verem o fim das coisas” e que teria apenas tentado imaginar “o que eles queriam ver ao atingirem a eternidade.

Como não tive oportunidade de testar o game, é difícil dizer se ele é realmente ofensivo e acredito que no mínimo o autor foi infeliz ao tentar aproximar sua criação dos episódios em que a Apple teve seu nome ligado. Se ele tivesse falado sobre suicidas anônimos, talvez o game tivesse passado despercebido, mas ainda assim considero este um assunto um tanto complicado para ser abordado de forma despretensiosa por um jogo eletrônico, se é que ele é tratado assim no In A Permanent Save State.

[via The Verge]

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