Falcon 9 decola com sucesso, com pequena ajudinha do melhor engenheiro do mundo

Com 24 anos James Doohan fazia parte das tropas canadenses no desembarque da Normandia, onde levou 6 tiros, um deles no peito, parado por uma cigarreira de prata. Não satisfeito, depois de recuperado aprendeu a pilotar, voando o resto da guerra como observador avançado de artilharia, e ganhando reputação de piloto maluco e ousado.

Mesmo assim seu maior sucesso foi como engenheiro. Ou melhor, no papel de um engenheiro. Scotty era o cérebro que mantinha a USS Enterprise funcionando. Mesmo reclamando que não podia violar as Leis da Física, inventava contornos criativos e mantinha os escudos de pé, os phasers disparando e os transportes funcionando.

Scotty inspirou toda uma geração de engenheiros, recebendo até agradecimentos de Neil Armstrong, mas seu maior orgulho foi uma fã, que um dia enviou uma carta que era basicamente uma nota de suicídio. Ele telefonou para a garota, convencendo-a a aparecer em uma convenção próxima. Aos poucos ele começou a trocar cartas com ela, mas um dia a menina desapareceu. James conta que por oito anos não soube de seu paradeiro, até que recebeu uma mensagem:

Ela havia se livrado das drogas, havia se tratado, não sofria mais de depressão e acabara se receber seu diploma de engenheira eletrônica.

James Doohan morreu em 2005, mas muitos dos que ele inspirou continuam trabalhando para explorar a Fronteira Final, e agora foi relevado que Scotty está finalmente onde merece, no espaço.

A Celestis, empresa que faz funerais espaciais negociou secretamente espaço no segundo estágio do foguete que colocou a Espaçonave Dragon em órbita na madrugada de hoje.

Uma cápsula com as cinzas de Scotty e vários outros foi instalada no Falcon 9, e neste momento está em órbita da Terra, onde permanecerá por aproximadamente um ano. Um tributo justo, a um herói de guerra e de paz, que ensinou a tanta gente que conhecimento, inteligência, criatividade fazem toda a diferença.