Computação acessória – Um gadget para a todos controlar

Apple e Google podem ser os primeiros a experimentar novos formatos de convergência para o mobile

San Picciarelli
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• Atualizado há 1 semana

Não faz muito tempo assim e estávamos parados na frente de um computador. Tudo encolheu, acelerou e ganhou pernas muito rapidamente. Vieram aos montes os laptops, os netbooks, os dumb-celulares chiques e finalmente os consoles e smartphones.

Já há gente em busca dos novos caminhos. Ano passado a Apple e o Google começaram a experimentar protótipos para o que já tem sido chamado de computação acessória – dispositivos capazes de se conectarem com à internet e outros aparelhos, cuja principal caracteristica é o fato de poderem ser literalmente vestidos por nós.

(especulação: protótipo do iPod Nano movido à Siri)

As fontes do The New York Times acreditam que a Apple já pode estar vendendo esse peixe para os seus maiores acionistas. Uma boa aposta para o novo nicho pode vir com a cara de um novo tipo de iPod Nano, já no formato de pulseira (acima), totalmente comandado pelo Siri e dando as ordens ao iCloud, Apple TV e qualquer outro iOS da linha.

“Vestir” novas interfaces e aparelhos é ao mesmo tempo algo extremamente inovador e que faz bastante sentido, assim como também parte de uma constelação de experiências bizarras – em especial aquelas distorções com a forma de relógios em busca do Santo Graal da convergência.

A passos mais comedidos, algumas marcas procuram descobrir discretamente como eu e você encaramos a proposta. A Motorola se arriscou primeiro lançando o MotoACTV como uma espécie de fitness partner no kit de acessórios do novo Droid Razr.

(Imagem: pulseira Up fabricada pela Jawbone)

Ainda bastante timidamente, outros fabricantes começam a experimentar com a injeção de produtos com essa pegada, como por exemplo o Up da Jawbone. Também na forma de pulseira, o Up tem um conceito de mobile companion bastante interessante e que conversa com uma aplicação para iOS/Web após a captura de uma série de dados do usuário; desde a sua quantidade diária de passos, perfil de sono e descanso, hábitos de dieta e alarmes variados.

O preço da livre experimentação muitas vezes cobra caro. O próprio Up em sua primeira edição – que veio tipo um surto ou febre espontânea – tinha diversas imperfeições e quebrava mais do que o ego do Steve Ballmer, gerando um alto volume de devoluções e reembolsos.

Parece que alguns desses problemas foram devidamente resolvidos na segunda versão e a Jawbone ainda disputa esse novo e incipiente recorte de consumo com outras alternativas “espertas” como projetos norte-americanos oferecidos pelo FitBit e o WakeMate. A surpresa é não ver os chineses partindo para cima deste novo nicho em potencial. Ainda…

Já se sabe que Richard DeVaul é provavelmente o novo cientista sênior de protótipos da Apple. DeVaul (PhD pelo MIT) é talvez hoje o mais prominente padrinho das ideias cuja especialidade são as tecnologias que poderemos vestir um dia.

O que acha? Quais são as ideias que você imagina terem potencial para criar esse novo cenário? Afinal, você acha que o portátil e seus primos caminham nessa direção?

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San Picciarelli

San Picciarelli

Ex-redator

San Picciarelli é gerente de projetos e mestre em biotecnologia. Fez parte da equipe de redatores do Tecnoblog entre 2011 e 2012, produzindo artigos de assuntos relacionados à tecnologia, inovação e empreendedorismo. Trabalha com esse assunto desde 2006, mas também tem experiência em design e construção de sites.

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