Até mesmo em situações de guerra e de conflito, existem regras que as partes envolvidas têm de respeitar, fruto de muita negociação e décadas de diplomacia internacional. Em cerca de um mês, os Estados Unidos vão anunciar as regras que pretendem seguir para caso aconteçam ataques às suas redes de computadores que sejam similares aos de uma guerra tradicional.

O Pentágono vem trabalhando em documentos sobre as regras para um ataque cibernético faz tempo. A discussão é antiga e cheia de muitas dúvidas, tanto que o documento secreto com essas diretrizes tem 30 páginas (a versão não-secreta tem apenas 12, de acordo com o WSJ.com).

John McClane: pronto para salvar os EUA. De novo.

Talvez o principal entendimento dos americano seja o da equivalência. Grandes ataques às redes americanas, em especial as das forças armadas, só poderiam ser realizados com recursos de governos oficialmente estruturados. Com isso, o “inimigo” seria a nação que dá origem ao ataque.

Pela “equivalência”, um ataque de desestabilize o sistema de fornecimento de energia americano poderia muito bem ser respondido com forças militares, mísseis e demais aparato que uma guerra tradicional prevê. Isso porque uma situação como essa colocaria a vida de milhares de cidadãos em risco, como você pode imaginar.

O documento, no entanto, não traz conclusões para pontos polêmicos. As formas de definir com absoluta precisão a origem de um ciberataque continua em aberto. O mesmo vale para o momento em que um ataque eletrônico pode ser classificado como um ato de guerra, a ponto de merecer retaliação.

Polêmicas à parte, é natural que os EUA comecem a pensar nessas situações. Nesse mundo digital em que vivemos, um ataque eletrônico a alvos em potencial, especialmente aqueles que dizem respeito à infraestrutura de um país, não é algo impossível. Aliás, já vem acontecendo faz tempo. A gente que não sabe.

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Thássius Veloso

Thássius Veloso

Editor

Thássius Veloso é jornalista especializado em tecnologia e editor do Tecnoblog. Desde 2008, participa das principais feiras de eletrônicos, TI e inovação. Também atua como comentarista da GloboNews, palestrante, mediador e apresentador de eventos. Tem passagem pela CBN e pelo TechTudo. Já apareceu no Jornal Nacional, da TV Globo, e publicou artigos na Galileu e no jornal O Globo. Ganhou o Prêmio Especialistas em duas ocasiões e foi indicado diversas vezes ao Prêmio Comunique-se.

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