A presença de um arquivo no iPhone com informações de localização geográfica do usuário está dando pano para a manga. Desde então, descobriu-se que o Android e o Windows Phone 7 têm uma função similar. O mesmo caso também já apresenta o seu primeiro absurdo: duas americanas pedem dezenas de milhões de dólares devido a isso, informa o Ars Technica.
Julie Brown e Kayla Molaski entraram com um processo contra o Google. Elas afirmam que o acesso a “informação não criptografada” coletada pelo Google coloca os usuários em “sério risco de invasão de privacidade”. Na ação, elas até mesmo citam que 10 milhões de novos usuários ativam aparelhos com Android mensalmente, e que todas essas pessoas estariam em perigo.
Em sua resposta ao causo, o Google diz que seus serviços baseados em localização geográfica são opcionais. Ou seja, participa quem quer, embora alerte que a experiência do usuário no Android fica mais completa caso esteja ativado.
As duas moças, que tiveram um HTC Evo 4G, respondem à empresa de Larry Page dizendo que eles sabem “muito bem” que ninguém lê os termos de serviço do Android. Para completar, pedem a pequena quantia de US$ 50 milhões por prejuízos monetários, além de punições para o Google.
Vamos lá. O Google ainda precisa se explicar com relação ao armazenamento de dados de GPS do Android. Ainda assim, nada justifica uma ação de milhões de dólares iniciada por duas americanas que poderiam simplesmente desabilitar a localização geográfica em seus HTCs. Qualquer cidadão tem direito de recorrer à justiça, mas esse caso específico há um cheiro forte de mau-caratismo no ar.