Técnica de criação de pele humana se baseia em impressoras a jato de tinta

Rafael Silva
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• Atualizado há 2 dias

O conceito de impressoras a jato de tinta não é algo muito inovador atualmente. Papel entra pela bandeja, tinta é colocada sobre ele de acordo com as coordenadas dadas pelo computador por meio de cartuchos e o papel sai, impresso, por outra bandeja. Mesmo não sendo necessariamente algo novo, foi nesse conceito que se basearam os pesquisadores de uma universidade americana para criar algo revolucionário em termos de medicina.


Testes com esse conceito já foram efetuados no passado, e os cientistas conseguiram criar até uma impressora 3D de orelhas e outros tecidos baseados apenas em cartilagem animal, como a pele demonstrada na imagem abaixo. Mas somente agora ele foi aprimorado, nas mãos da equipe do cientista James Yoo da Universidade Wake Forest na Carolina do Norte.

Ele explica que primeiro seria feito um escaneamento da área afetada para identificar a extensão do dano e assim a chamada ‘bioimpressora’ saberia quanto de pele criar. As células da pessoa seriam então inseridas no equipamento, replicadas de acordo com a necessidade (o que diminui bastante a chance de rejeição) e só então transferidas para a área afetada.

O objetivo é desenvolver essa tecnologia para ser usada em casos de queimaduras graves e extensas, em que a transferência de pele não é uma opção viável por que exigira muitos centímetros quadrados dela. Como a pesquisa ainda está nas suas fases iniciais, ainda serão necessários alguns anos de estudo e testes antes que seja aplicado em seres humanos.

Eu só espero que a Epson, HP, Lexmark e as demais fabricantes de impressoras não entrem nesse jogo. Senão o preço do cartucho de pele vai ser o olho da cara.

Com informações: Discovery News.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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