Se você achou que hoje seria um dia tranquilo sem notícias muito estapafúrdias, sinto desapontá-lo: o governo britânico fez o favor de nos dar mais um exemplo de como ser mais retrógrado do que o Brasil ao se falar de leis envolvendo a Internet. Lá na terra da rainha os representantes do governo estão debatendo sobre a possibilidade de bloquear o acesso à sites pornográficos em todos os computadores conectados à internet, salvo se o assinante assim quiser.


Em uma entrevista para o jornal britânico Sunday Times, o Ministro da Cultura Ed Vaizey disse que no mês que vem vai se encontrar com os provedores de Internet do país para discutir como seria implementada essa solução. A ideia é fazer do acesso à sites pornográficos algo opt-in, em que os clientes de tais provedores precisassem pedir para acessar esse tipo de conteúdo e bloqueando o acesso a todos os demais.

Não é de se espantar que os especialistas da área já disseram que isso é praticamente impossível de controlar e que no final vai se provar uma atitude absurdamente falha. Mas o apelo que o Ministro está usando tem boa parte da população convencida de que é um esforço viável: Vaizey disse que isso “é para o bem das crianças”, já que uma pesquisa recente concluiu que 1 de cada 3 crianças com idade de até 10 anos já viu pornografia na Internet.

Para você que achava que leis de Internet no Brasil eram ruins, alegre-se. Ao menos você não tem que ligar para o NET Virtua e pedir para ser incluído numa lista de usuários que querem ver material pornográfico.

Com informações: DownloadSquad, BBC News.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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