No último mês de junho o congresso norte-americano aprovou uma lei que obriga as universidades do país a proibirem troca ilegais de arquivos (ou seja, arquivos protegidos por direitos autorais) em suas redes, sob pena de sofrerem sanções severas, que podem chegar até a cortes do financiamento federal.
Enquanto diversas instituições estudam bloqueios à determinados sites, a universidade de Valdosta, no estado da Georgia, foi além do necessário: instalou em seu campus um software que permite identificar o usuário que está acessando serviços de P2P em sua rede, e já avisou que entregará os dados de quaisquer piratas que aparecem por lá para as autoridades.
“Assim que os indivíduos forem identificados seus dados serão entregues à polícia. Os usuários podem ser acusados criminalmente, serem condenados a até cinco anos de prisão e multas de até US$ 250 mil”, diz um comunicado entregue aos estudantes. Apesar do tom de ameaça, Joe Newton, diretor de tecnologia e informação da universidade de Valdosta, vê a medida como positiva: “Como uma instituição de ensino superior, nós devemos tomar medidas educativas para solucionar e problema e usar procedimentos aprovados para conseguir chegar a nossos objetivos”.
Ainda que sites como o TorrentFreak vejam que sejam difíceis as chances da polícia de fato de envolver em investigações contra a troca ilegal de arquivos, o sistema tem gerado críticas principalmente por não ser capaz de diferenciar downloads de arquivos livres de direitos autorais da mais legítima pirataria.