Pesquisadores estimam que apenas 0,3% de torrents são legais

Rafael Silva
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• Atualizado hoje às 21:24

Criado pelo então programador Bram Cohen em abril de 2001, o protocolo de BitTorrent é um dos mais eficientes meios de distribuir um arquivo na rede. Ele é usado por duas grandes redes sociais, o Facebook e Twitter, para atualizar suas páginas com rapidez. E também serve para distribuir ISOs de distribuições Linux e arquivos de mídia que podem ou não infringir direitos autorais dependendo do país em que é baixado. A proporção de arquivos ilegais compartilhados certamente é maior do que a de arquivos legais, mas quanto?

Um grupo de pesquisadores australianos do Internet Commerce Security Laboratory, da Universidade de Ballarat, resolveu realizar a tarefa de descobrir essa proporção. Eles escolheram 1000 arquivos torrent aleatoriamente dentre os que continham mais seeds (pessoas compartilhando o conteúdo completo do arquivo torrent) em certos trackers. Depois conferiram manualmente o conteúdo dos arquivos e chegaram à conclusão de que 890 dos arquivos definitivamente continham conteúdo ilegal, contra apenas 3 com conteúdo legal.

Dentre os demais arquivos, 16 deles foram marcados como ‘provavelmente’ ilegais, mas não foi possível determinar devido à ambiguidade do nome com que foram marcados. Outros 91 foram marcados como pornográficos e mesmo com uma análise mais profunda (!) dos arquivos, não foi possível determinar se eles infringiam alguma lei ou não.

Os resultados são similares à outra pesquisa realizada no início do ano por um grupo de pesquisadores americanos da universidade de Princeton, que concluiu que 99% dos arquivos torrent continham material que infringia os direitos autorais.

Com informações: ArsTechnica.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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