Ontem (22) a Adobe lançou o Flash Player para Android, versão 10.1. Mais do que apenas uma tecnologia comum no desktop que chega aos smartphones, a chegada do Flash ao Android é o teste de campo que faltava para determinar quem estava certo nesse tempo todo em que se desenrolou uma guerra de palavras entre Apple e Adobe.
Steve Jobs defende que, nos smartphones — que já tem habitualmente o tempo de vida de bateria no limite — o Flash não teria desempenho bom o suficiente e que isso iria prejudicar a duração da bateria. A Adobe discorda, e ontem tornou disponível o reprodutor nativo de Flash para Android. As demais plataformas (BlackBerry, Windows Mobile, WebOS, Symbian etc.) ainda terão que trabalhar para determinar como será a melhor maneira de integrar o Flash ao seu sistema e quais dispositivos conseguirão ser compatíveis com a tecnologia.
Mesmo para Android, o Flash não vai se tornar bem difundido de forma muito rápida. Isso porque o Flash Player só funciona na versão 2.2 do sistema (conhecida como Froyo), que atualmente só está disponível para o Nexus One. E, pela forma como as atualizações na plataforma Android ocorrem, é difícil supor que alguma parcela significativa da base já instalada de usuários receba essa atualização.
Independente disso, mesmo que por enquanto restrito apenas ao Nexus One — que acabou vendendo bem menos do que era esperado — o Flash no Android vai servir como indicador do real potencial da tecnologia da Adobe em plataformas móveis da mais nova geração. Seu desempenho certamente será utilizado como a “prova definitiva” de que alguém estava correto desde o início. Só resta descobrir se esse alguém é Apple ou Adobe.
Com informações: PCWorld.