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Atenção, campineiros: o Uber anunciou nesta quarta-feira (27) que vai expandir o seu serviço para a cidade, que é o primeiro município do interior que recebe os carros pretos por aplicativo. Desde as 14:00 de hoje os moradores da região podem baixar o aplicativo e usar a modalidade UberX.

Os preços são os mesmos aplicativos na capital paulista: R$ 2 de tarifa base, R$ 1,40 por quilômetro e mais R$ 0,26 por minuto. Caso o usuário queira cancelar a corrida em mais de 5 minutos ou ela seja muito pequena, terá que desembolsar uma taxa de R$ 7.

Como mostramos neste comparativo de preços, o UberX em São Paulo é quase sempre mais barato que os táxis. Em Campinas, o Uber avisa que a economia pode ser de até 50%. Não é difícil imaginar, uma vez que a bandeirada na cidade é mais cara que em São Paulo: custa R$ 4,85 mais R$ 2,90 por quilômetro em bandeira 1 e R$ 3,75 na bandeira 2.

É interessante ver que o Uber, em vez de operar em uma das outras capitais do país, decidiu se expandir para o interior do estado de São Paulo. Fábio Sabba, diretor de comunicação da empresa, esclareceu ao G1 que Campinas tem mercado para receber o serviço. “A gente percebeu que Campinas, além de ser uma cidade grande, tem bastante gente que dirige, tem smartphone e quer um novo jeito de andar pela cidade”, informou.

Além disso, não é como se Campinas fosse uma típica “cidade do interior”. No post de lançamento, o Uber ressalta a fama que Campinas tem de “capital do interior do estado”, que não é à toa: a cidade tem mais de 1 milhão de habitantes, sendo o 14º município com maior população no Brasil.

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Sem o UberBlack, parece que o Uber ainda está chegando aos poucos em Campinas, fazendo testes. Não é por menos que o serviço desativou o famigerado preço dinâmico, que eleva a tarifa da corrida de acordo com a demanda pelos carros.

No ano passado, quando o aplicativo nem funcionava na cidade, a Câmara dos Vereadores de Campinas recebeu o projeto de lei 238/2015 do vereador Jairson Canário (SD) que visa proibir “o uso de carros particulares cadastrados em aplicativos para o transporte remunerado individual”, exatamente o que o Uber faz.

A proposta foi aprovada em primeira discussão pela Câmara e, em outubro, os vereadores voltaram a analisá-la. Mas, no dia seguinte, ela foi retirada com urgência da pauta porque os vereadores alegaram que a proposta precisava de ajuste técnico.

Ainda assim, Sabba acredita que o serviço não é ilegal. “Não tem uma regulamentação para o serviço de transporte público privado e estamos conversando com todos os níveis do governo para ter uma regulação”, disse ao G1. Segundo ele, o serviço está amparado na Lei de Mobilidade Urbana nº 12.587 de 2012.

Enquanto a votação não volta, motoristas interessados podem fazer o cadastro pelo aplicativo ou usando este site. Vale lembrar que é necessário ter um carro que se encaixe nos modelos aceitos pelo UberX, além de seguro para o passageiro. O condutor precisa ainda ter habilitação com EAR (Exerce Atividade Remunerada).

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Jean Prado

Jean Prado

Ex-autor

Jean Prado é jornalista de tecnologia e conta com certificados nas áreas de Ciência de Dados, Python e Ciências Políticas. É especialista em análise e visualização de dados, e foi autor do Tecnoblog entre 2015 e 2018. Atualmente integra a equipe do Greenpeace Brasil.

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