Mudança na API pode causar o apagão do Twitter ainda hoje

Entenda o que muda nos aplicativos de terceiros

Joel Nascimento Jr
Por
• Atualizado há 4 dias
twitter-passarinho

O Twitter muda as regras do jogo com relação à API, o que pode ocasionar um verdadeiro apagão entre os aplicativos, clientes e plugins que fazem uso da versão anterior da tecnologia, a API 1.0. Esse movimento era esperado desde agosto do ano passado, quando o microblog anunciou as mudanças. Desenvolvedores tiveram vários meses para adaptar os aplicativos.

Entender estas mudanças na nova estrutura do microblog mais popular do mundo é entender a dança dos apps que tem acontecido nos últimos meses. Desde a implantação da nova versão (1.1) de sua API, que é o conjunto de parâmetros para que uma app interaja com o Twitter, todas as apps criadas passaram a ter uma quantidade limitada de cópias, chamados de tokens. O teto é de 100 mil cópias por app. Apps que antes do anúncio passaram deste limite têm o dobro de capacidade. Acima disto, o Twitter analisará caso a caso.

Com isso, o serviço quer disseminar a própria plataforma, com aplicativos oficiais, nos mais diversos sistemas. Lembre-se que os “tweets patrocinados” não aparecem em apps de terceiros. Portanto, aumentar a base de usuários “oficiais” tornaria o serviço mais rentável graças ao apoio dos anunciantes.

Os efeitos colaterais disto já são percebidos desde o anúncio. Com a demanda limitada, algumas apps partiram para a cobrança de preços a fim de diminuir a procura e assim permanecer dentro do limite de tokens estabelecido pelo Twitter. Daí o motivo de encontrar o Falcon Pro (que já atingiu a cota de 100 mil tokens) pelo absurdo preço de R$ 260,19 e o Tweetbot para Mac por 20 dólares (aproximadamente 40 reais).

No Windows 8 a situação é ainda pior. Como é uma plataforma nova, ainda há pouca variedade de apps. Encontramos apps de qualidade duvidosa custando até 10 dólares! Como se não fosse o bastante, o próprio Twitter ainda não aportou oficialmente no sistema. Tem apps com nomes diferentes, porém com estrutura exatamente iguais, criadas pelos mesmos desenvolvedores.

Devemos também esperar um conjunto de apps mais homogêneas nas suas funções e aparências. A partir de agora, as diretrizes visuais ganham caráter de regra que exige aprovação do próprio Twitter. Também haverá uma ampla variedade de limites na comunicação entre apps e o Twitter: 15 requisições para atualizar a timeline a cada período de 15 minutos e 180 requisições de pesquisa a cada período de 15 minutos, por exemplo.

O apagão de teste da antiga API acontecerá pela primeira vez hoje. Portanto, se o seu Twitter parar de funcionar entre 14h e 15h, não estranhe. Também é provável que o microblog informe o erro 410.

TweetDeck na web
TweetDeck na web

Apesar de todas as mudanças, algumas desenvolvedoras seguem com seus planos normais de desenvolvimento, como o Tweetbot ou o excelente Carbon, para o Android. Já o TweetDeck, app alternativo mantido pelo próprio Twitter, bateu as botas nos aplicativos móveis. Continua na web.

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