Destaques do GDC Play: pequenas equipes, grandes games

Promessas da indústria de games para computadores, consoles, celulares, web.

Gus Fune
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Direto da GDC, São Francisco (EUA) — Na terça-feira (06) iniciou-se na Game Developers Conference o evento GDC Play, uma exposição na qual pequenos desenvolvedores têm a chance de demonstar seus jogos para outros participantes da conferência.

Nesse painel, jogos que dificilmente chegariam as lojas conseguem atenção de publishers e eventualmente vão pro mercado. Ou em outros casos, boas ideias rendem empregos para toda uma equipe produzir uma versão maior e mais ambiciosa de um pequeno projeto.

Um desses casos de sucesso foi o de um grupo de estudantes que apresentaram o projeto final de graduação no evento. O game Narbacular Drop chamou atenção de executivos da Valve e o time inteiro foi contratado para desenvolver a ideia em cima da simples mecânica de jogo. O resultado? Portal, um dos maiores sucessos da última década.

Eu estive na exposição em seu primeiro dia selecionei cinco games que me chamaram bastante a atenção.

Super Motherload

Da Xgen Studios para Nintendo Wii.

Nesse divertido game cada jogador controla um veículo de mineração e deve escavar as profundezas da terra atrás de minerais valiosos. Quando mais profundo cada jogador chega, mais perigoso fica, mas também mais valiosos são os minérios e os pontos ganhos. Para até quatro jogadores silmutâneos, ele está previsto para o terceiro semestre desse ano apenas na rede Wii Ware.

Bust n’ Rush

Da Techtonic Games para Windows e  Mac.

O game (página oficial) está no gênero infinite runner, ou seja, o jogador controla um personagem que corre infinitamente por um cenário gerado aleatoriamente. Em um modo de jogo ele deve cumprir alguns desafios e em outro sobreviver por mais tempo possível. Com lindos gráficos e uma jogabilidade bem simples, eu fiquei pelo menos meia hora no estande testando. O jogo ainda não tem previsão de lançamento ainda.

Techpocalypse

Da Anomaly Labs para web.

Saindo um pouco do circuito PC/consoles, Techpocalypse (página oficial) me surpreendeu por trazer algumas ideias bem diferentes no gênero de web/social games. A história se passa em um futuro em que as máquinas dominaram e destruíram tudo.

Cada jogador deve montar sua tribo com seus amigos e controlar um território equivalente a uma região em sua cidade. Se outras pessoas moram perto de você e jogam, isso significa que cada um vai ter que brigar com o outro por recursos e melhorias — tendo que se defender do ataque das máquinas exterminadoras enquanto faz isso.

Mesmo pra quem não é muito fã dos jogos sociais vale dar uma conferida no formato inovador.

Rise of Flight

Da 777 Studios para Windows.

Enquanto todas as atenções estão voltadas pro novo Flight Simulator lançado gratuitamente nessa semana pela Microsoft, Rise of Flight se destaca por ser um belíssimo (e também gratuito) simulador de voo.

Diferentemente do game da MS, esse aqui tem uma ambientação em meados da década de 1910, quando a aviação estava em seus primórdios. Sabe o Barão Vermelho e aqueles antigos aviões com metralhadoras de mão montadas na frente do piloto? Essa é a proposta.

Além dos belíssimos gráficos, chama a atenção a integração com um periférico chamado Trackir. Trata-se de um pequeno dispositivo colocado sobre a cabeça do jogador que, dependendo de onde o gamer olha, a câmera vai movimentar da mesma forma no monitor.

Com isso é possível ter uma sensação maior de realismo e uma visão de 360º da cabine, só que o jogador em si não vai conseguir ver todos os 360º…

Mac Guffin’s Curse

Da Brawsome! para Windows, Mac e iOS.

De acordo com os criadores, esse é o primeiro jogo da história dentro do gênero “Aventura Puzzle Comédia de Lobisomem”. Regastando muito dos games old-school de aventura, Mac Guffin’s Curse traz de uma forma divertida uma nova abordagem nos games de aventura e quebra-cabeças.

A história se passa em uma pacata cidade que foi dominada por um vilão muito malvado (e de bigode, eles enfatizam) que, entre todas suas maldades, aumentou os impostos. É aí que entra o personagem principal: com intuito de sobreviver, ele precisa roubar e acaba roubando um amuleto mágico que o transforma em lobisomem.


(Vídeo do YouTube)

Em cada etapa do game, o jogador deve resolver os quebra-cabeças alternando entre forma humana e de lobisomem. Cada uma rende algumas habilidades especiais e é preciso usar bastante a cabeça (!) para resolver os desafios.

No meio de tudo, diálogos muito bem-humorados cheios de referências aos antigos de aventura, ícones da cultura pop e piadas. O roteito é tão elaborado que rendeu aos criadores, antes mesmo de lançarem o jogo, o prêmio de melhor roteiro no Freeplay Awards, um dos principais prêmios australianos no mundo dos games.

Mac Guffin’s Curse sai em 19 de nbril na Steam e na App Store.

Nota do editor: A GDC acontece entre 05 e 09/03. Praticamente chegou ao fim, mas o enviado especial Gus Fune preparou alguns artigos especiais que o Tecnoblog vai publicar na semana que vem. (Thássius Veloso)

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Gus Fune

Gus Fune

Ex-redator

Gus Fune é formado em Comunicação Social e pós-graduado em desenvolvimento e design de Games. No Tecnoblog, cobriu eventos como Electronic Entertainment Expo (E3), Game Developer Conference (GDC) e South by Southwest (SXSW) e escreveu sobre esse universo. Atua, hoje, como diretor de tecnologia e assessor, mas já esteve em projetos de empresas como 3M e Motorola.

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