A partir deste domingo (29), todos os números de celulares dos DDDs 61 (Distrito Federal), 62 e 64 (Goiás), 63 (Tocantins), 65 e 66 (Mato Grosso), 67 (Mato Grosso do Sul), 68 (Acre) e 69 (Rondônia) passam a ter um dígito extra. A medida tem como objetivo expandir a capacidade numérica para comportar o surgimento de novas linhas telefônicas.

Para que todos os usuários se acostumem, quem discar no formato tradicional de oito dígitos terá sua ligação completada até o dia 7 de junho. Depois dessa data, quem ainda não se adaptou escutará uma mensagem instruindo como ligar da forma correta. A partir de 5 de setembro, nenhuma chamada para celular com oito dígitos será completada.

É bom esclarecer que a medida afeta apenas celulares na modalidade Serviço Móvel Pessoal (SMP). Linhas da Nextel com a tecnologia iDEN são caracterizadas como Serviço Móvel Especializado (SME) e continuam com oito dígitos. Nenhuma alteração ocorre para telefones fixos.

A boa notícia é que não é necessário alterar a agenda do seu smartphone manualmente. Basta procurar na loja de aplicativos da sua plataforma pelo termo “9 dígito”. Diversas opções gratuitas e pagas estão disponíveis para download. Não se esqueça de fazer um backup de seus contatos antes de executar o procedimento, para evitar qualquer problema.

A adoção do nono dígito nas regiões Norte e Centro-Oeste não é novidade: a medida também foi tomada em todos os estados da região Nordeste e Sudeste. A região Sul será a última a receber o nove à esquerda, em novembro.

Não faça nada no WhatsApp

A dúvida mais comum na chegada do nono dígito é como proceder com o WhatsApp. O usuário não precisa fazer nada: o aplicativo interpreta os contatos com nove dígitos como se tivessem oito. Em algum momento, a empresa irá atualizar toda a base de contatos automaticamente. Não é uma boa ideia reinstalar o WhatsApp com seu número de 9 dígitos, uma vez que você perderá todo o seu histórico de conversas e participação em grupos.

É importante, no entanto, alterar o cadastro em serviços essenciais que enviam mensagens de texto, como verificações de duas etapas. Embora a maioria das empresas brasileiras se adaptem a isso, serviços do Facebook, Google ou Authy, por exemplo, não estão preparados para a migração automática.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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