Este vidro da LG tem um sensor de impressões digitais embutido

Área de 0,3 mm embaixo do vidro de proteção do smartphone abriga o módulo, fabricado pela LG Innotek

Jean Prado
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• Atualizado há 2 semanas
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Um dos aspectos que seguram o avanço de um sensor de impressões digitais nos smartphones é a necessidade de um botão físico. A Samsung adota a medida de segurança desde o Galaxy S5, mas outras fabricantes Android que utilizam botões virtuais não dão sinais de aderir à tecnologia. Com este vidro fabricado pela LG, a história pode mudar.

Apresentado pela LG Innotek, divisão da LG que fabrica componentes, o vidro tem um módulo de impressões digitais embutido, sem precisar de um botão para fazer o reconhecimento biométrico.

Para desenvolver a tecnologia, eles fizeram um “corte” embaixo do vidro de proteção do smartphone, incluindo o módulo num espaço de apenas 0,3 milímetro. O sensor não fica exposto e não precisa de uma proteção extra para riscos (a Apple protege o botão do iPhone com cristal de safira), ou até contra líquidos, no caso do smartphone ser à prova d’água. Para encaixar o sensor, a LG desenvolveu um adesivo especial de apenas 0,25 milímetro de espessura que o fixasse ao vidro, tanto para absorver impactos quanto para ele não se soltar.

Um ponto positivo é que o sensor está espalhado por toda a superfície do dispositivo. Ou seja, qualquer lugar da tela do smartphone pode ser utilizado como leitor de impressões digitais, o que abre margem para a implantação de outros padrões de reconhecimento.

Na falta de alternativas para posicionar um botão com o sensor de impressões digitais, fabricantes chegam a colocar um espaço até na parte de trás do dispositivo, como a Lenovo fez com o Vibe A7010. Não dá para incluir um botão físico na parte da frente porque muitas prezam um design com poucas bordas laterais, além de usar os botões virtuais do Android.

Essa nova forma de encaixar o módulo não deve comprometer a precisão da autenticação, segundo a LG. A fabricante disse que a taxa de falsos positivos é de apenas 0,002%. Essa taxa corresponde à probabilidade de que o sensor aceite outra digital que não a do usuário.

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Segundo a fabricante, a demanda por tecnologias de reconhecimento de digitais poderá aumentar significativamente por conta do mercado de pagamentos móveis, assuntos que já discutimos no Tecnocast 037. Por isso, smartphones e outros dispositivos que precisam de tecnologias ultrasseguras para mexer com dinheiro devem ter uma autenticação rápida, mas sem comprometer a segurança. Os sensores de impressões digitais se encaixam nesses quesitos.

E como fica a resistência? Esse ponto é importante, pois há um dispositivo acoplado à tela do celular, e não é de hoje que usuários derrubam o seu dispositivo e quebram o vidro. A LG disse que o vidro aguentou o impacto de uma barra de aço de 130 gramas, solta a uma distância de 20 centímetros da tela.

Apesar de toda a preparação da empresa, não foi informado se a LG implantará a tecnologia em outros smartphones. Segundo o The Verge, um porta-voz da empresa disse ao jornal Korea Times que a LG está conversando com outras fabricantes para comercializar o módulo “ao longo deste ano”.

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Jean Prado

Jean Prado

Ex-autor

Jean Prado é jornalista de tecnologia e conta com certificados nas áreas de Ciência de Dados, Python e Ciências Políticas. É especialista em análise e visualização de dados, e foi autor do Tecnoblog entre 2015 e 2018. Atualmente integra a equipe do Greenpeace Brasil.

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