Roaming internacional pode ficar mais barato no mundo todo, inclusive para brasileiros

Lucas Braga
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• Atualizado há 3 semanas

Já é clássica a cena de decepção de passageiros que chegam em outro país e notam que não têm internet no celular. Na maioria das vezes, a utilização do roaming é proibitiva, uma vez que as operadoras cobram muito caro para fornecer dados móveis e ligações quando os clientes utilizam redes de outros países. Isso pode mudar: a UIT (União Internacional de Telecomunicações) aprovou uma recomendação para que agências reguladoras conversem entre si para limitar os valores de roaming internacional.

É difícil acreditar que ainda existem companhias cobrando fortunas por um mísero megabyte trafegado fora do país. Além dos valores serem prejudiciais aos consumidores, as operadoras deixam de atender uma grande parcela de clientes que utilizariam o serviço se custasse menos. A Anatel até havia buscado acordos com outras agências reguladoras a fim de debater os valores praticados, mas no final as companhias de ambos os países que acabavam definindo tudo.

Com a nova proposta da UIT, as agências nacionais são encorajadas a debater com entidades dos outros países e estabelecer um teto máximo para a cobrança de roaming. O gerente geral de monitoramento das relações entre prestadoras da Anatel, Abraão Silva, afirmou para a Agência Estado que a recomendação da UIT traz inclusive a definição do conjunto de metodologias que devem ser utilizadas para a determinação de preços de roaming acessíveis.

Seguindo a recomendação, a Anatel irá delimitar um teto máximo para que as operadoras nacionais cobrem por oferecer seus serviços para operadoras parceiras. Por isso é necessário um acordo recíproco entre países, de modo que nenhum saia prejudicado. O problema é que alguns destinos mais visitados por brasileiros podem não ter interesse ao definir o teto máximo, como os Estados Unidos, já que existem muito mais brasileiros em solo americano do que o contrário, sendo uma desvantagem para as operadoras de lá.

Até o momento, comprar um chip local no país visitado é uma das opções mais em conta para usar o celular durante uma viagem. Mas, com preços acessíveis, o roaming internacional deve se tornar uma opção muito interessante.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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