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Este é um momento importante para a indústria: a Microsoft anunciou na noite desta segunda-feira (7) que está trabalhando em uma versão do servidor de banco de dados SQL Server para Linux. Em beta fechado, a novidade está programada para chegar ao pinguim em 2017 e será desenvolvida com apoio da Red Hat e da Canonical, responsável pelo Ubuntu.

Não é de hoje que a Microsoft colabora com o pinguim: desde 2012, é possível rodar não apenas Windows Server, mas também distribuições Linux no Microsoft Azure, plataforma de computação em nuvem da empresa. Em 2014, a Microsoft tornou open source o framework .NET para levá-lo ao Linux e OS X, além de ter criado uma fundação para promover software de código aberto.

A decisão significa que, pela primeira vez em décadas, a Microsoft está priorizando a venda do SQL Server sobre o Windows Server com o objetivo de fortalecer sua tecnologia de banco de dados. Isso pode significar menos vendas de sistemas operacionais, mas faz sentido: o CEO Satya Nadella diz ao New York Times que “os dados são o principal ativo agora”, não o sistema operacional.

E tudo isso está coerente com as últimas decisões tomadas no segmento de usuários finais. Como eu disse, a Microsoft de hoje é uma empresa aberta a novas tecnologias, que tenta levar seus produtos e serviços para o maior número possível de pessoas, em vez de restringir a oferta para quem já está dentro do ecossistema de Redmond. Não importa muito o sistema operacional que as pessoas rodam no computador, servidor ou smartphone — hoje, o Office é igualmente bom no iOS, Android e Windows.

Quem apostaria que a Microsoft faria tudo isso na década passada?

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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