Para a maioria de nós, nascidos antes dos anos 90, o contato mais próximo que tínhamos com o estudo de objetos de nosso Sistema Solar residia em grandes e pesadas enciclopédias, desenhos em 2D feitos à mão e coloridas de maneira questionável, além de qualquer coisa que nossos professores de ciência diziam ser verdade.

Salvo raríssimas exceções, como crianças mais abastadas, ou pequenos gênios que aos 7 anos sabiam ler russo e inglês, era assim que se aprendia sobre o sistema solar.

Só que, há alguns anos, softwares como o Google Maps passaram a permitir que exploremos nosso satélite natural e até mesmo Marte. Com imagens em 3D e pontos de informação clicáveis, o usuário pode passear pelos objetos cilíndricos, para desespero dos ensandecidos terraplanistas, e aprender sobre cada uma dessas áreas.

É possível, por exemplo, verificar onde cada uma das missões Apollo aterrizou (ou seria alunou?), as datas de lançamento e retorno, muitas imagens reais de cada um desses pontos, além dos nomes dos integrantes destas investidas espaciais.

Screen Shot 2016-02-09 at 11.57.11 AM
Screen Shot 2016-02-09 at 11.58.39 AM
Screen Shot 2016-02-09 at 12.35.33 PM

Futuramente, a NASA continuou a investir em viagens cada vez mais longas, ao ponto que, um dia, fomos capazes de enviar robôs de alta tecnologia para Marte, que fica a aproximadamente 78.340.000 de quilômetros de distância da Terra. Ou algo em torno de 150 dias de viagem com nossa tecnologia atual.

Essa distância tende a diminuir com o passar dos anos (na casa dos milhares), mas isso fica para outro post.

“Toad, mas porque devemos explorar Marte!?”

Excelente pergunta! Um pouco antes de começar a escrever para o Tecnoblog, eu tive a honra de fazer uma entrevista exclusiva com ninguém menos que Sarah Milkovich, Ph.D. em Geologia Planetária da NASA.

Nessa conversa super descontraída, ela falou sobre seus projetos de exploração de Marte, as rovers na quais ela já trabalhou (incluindo a futura Mars 2020) e, claro, sobre água no planeta vermelho.

Bem legal, né? Espero que ela tenha respondido sua pergunta.

Ainda sobre nosso planeta vizinho: há alguns dias a página oficial da Curiosity no Facebook publicou uma imagem em 360 graus feita pelo veículo espacial, que permitia que os usuários vissem o solo de Marte, pedaços de pedras e detalhes das dunas.

Bem legal, mesmo! Mas infelizmente a Curiosity não tem uma câmera de vídeo em 360 graus propriamente dita, então trata-se de uma imagem esférica que foi editada por funcionários da agência espacial aqui em nossa bolinha de gude que chamamos de lar.

Para melhorar essa experiência, o canal do NASA Jet Propulsion Laboratory (JPL) no YouTube divulgou um vídeo explorável em 360 graus com um compilado de imagens em alta definição, que nos dá detalhes sobre o próprio veículo, além de uma ideia bem melhor de onde ele está, e como é a formação geográfica ao seu redor.

Detalhe: você pode fazer essa exploração a partir da tela do seu smartphone, onde você estiver (desde que a internet móvel colabore).

Fantástico, né? Quando eu vejo essas coisas, eu fico imaginando alguém, lá em meados dos anos 80, chegando à população e dizendo: “Olá, humanos. Eu vim do futuro para dizer que em 2016 vocês poderão ver imagens reais em altíssimas resolução do solo de Marte em pequenos dispositivos com telas do tamanho da palma de suas mãos, sem fios”. Passaria por maluco.

Ponderando a respeito de onde chegamos até hoje, dá para traçar uma linha de projeção e imaginar o que o futuro nos reserva. Seremos capazes de pousar veículos em outros planetas? Não sei, talvez um dia, mas com certeza teremos um entendimento ainda maior dessa imensidão espacial da qual fazemos parte.

E teremos uma Estrela da Morte. Com certeza teremos uma Estrela da Morte. #NOT

Não me canso de dizer: eu adoro viver no futuro.

Receba mais sobre Marte na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Matheus Gonçalves

Matheus Gonçalves

Ex-redator

Matheus Gonçalves é formado em Ciências da Computação pelo Centro Universitário FEI. Com mais de 20 anos de experiência em tecnologia e especialização em usabilidade e game development, atuou no Tecnoblog entre 2015 e 2017 abordando assuntos relacionados à sua área. Passou por empresas como Itaú, Bradesco, Amazon Web Services e Salesforce. É criador da Start Game App e podcaster do Toad Cast.

Relacionados