Mais um prego no caixão do Flash: Google só aceitará anúncios em HTML5

Paulo Higa
Por
• Atualizado há 2 semanas
Adobe Flash

O Flash está morrendo lenta e dolorosamente há alguns anos. Nesta terça-feira (9), o Google colocou mais um prego no caixão do plugin de navegador que amamos odiar: a partir de 30 de junho, os anunciantes não poderão mais cadastrar banners em Flash nas plataformas AdWords e DoubleClick.

O próprio Google já oferece ferramentas que convertem banners em Flash para peças em HTML5, ainda que com algumas limitações. O objetivo é simples: permitir que as propagandas apareçam no maior número de dispositivos possível, incluindo smartphones e tablets, que não costumam suportar arquivos em Flash.

A partir de 2 de janeiro de 2017, o Google vai parar de exibir propagandas em Flash, com exceção dos anúncios em vídeo. A empresa recomenda que os anunciantes atualizem suas peças para HTML5 antes que as mudanças entrem em vigor — para ajudar na migração, é possível utilizar o AdWords Ad gallery, que permite criar banners dinâmicos livres de plugins de terceiros.

Esta é apenas mais uma das iniciativas do Google para ajudar a matar o plugin: em junho de 2015, uma atualização fez o Chrome parar de exibir a maioria dos conteúdos em Flash por padrão, principalmente os não essenciais, como banners e animações espalhadas pela página. A ideia era melhorar a eficiência energética do navegador, que usa mais processamento que os concorrentes.

Até a Adobe está querendo se livrar da imagem ruim da tecnologia: o Flash Professional, usado para criar animações no formato moribundo, foi renomeado para Adobe Animate CC, com foco em padrões abertos, como WebGL e HTML5. A web agradece.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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