Facebook at Work

Os primeiros detalhes sobre uma versão do Facebook focada em trabalho surgiram em novembro do ano passado. Na ocasião, parecia improvável que Mark Zuckerberg e sua turma estivessem envolvidos em algo assim. Mas, nesta quarta-feira (14), a companhia confirmou que o Facebook at Work, nome dado ao projeto, não só é real como entrará oficialmente em fase beta amanhã.

O serviço é muito semelhante ao Facebook “normal”, mas tem recursos voltados a atividades corporativas. Assim, os perfis dos usuários são preparados para exibir, prioritariamente, informações profissionais, como formação acadêmica, cargo e dados de contato.

Tudo indica que a ideia não é criar um mero rival para o LinkedIn, mas sim levar recursos de redes sociais para ambientes corporativos, o que faz do Facebook at Work um competidor para serviços como Basecamp e Yammer, de certa forma.

As empresas participantes podem, consequentemente, criar grupos separados por setor ou filial, utilizar recursos de comunicação que se mostram mais ágeis que o e-mail, manter um feed de notícias com conteúdo específico para o dia a dia da companhia e assim por diante.

O Facebook at Work terá muito em breve apps para Android e iOS, além da versão web, é claro. Mas, como o serviço ainda está em fase de testes, apenas um número limitado de empresas poderá acessá-lo.

Facebook at Work - iOS

Não há previsão para a liberação pública, mesmo porque o Facebook quer obter feedback antes de lançar a primeira versão final. Fica a pergunta para quando isso acontecer: será que o serviço terá boa aceitação?

É difícil prever. Por um lado, o Facebook at Work pode ser especialmente útil para empresas de pequeno ou médio porte que contam com uma estrutura digital muito limitada. Por outro, deve causar apreensão: e se o Facebook coletar informações sigilosas das empresas participantes?

Pode até parecer uma preocupação exagerada, mas como o Facebook seguiu com a tradição de não revelar suas intenções com o serviço e, ainda por cima, reforçou que não haverá anúncios publicitários ali (como a empresa ganhará dinheiro com isso?), fica mesmo um clima de desconfiança no ar.

Com informações: TechCrunch, WSJ.com

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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