Moto 360, o bonito relógio da Motorola que está chegando ao Brasil por R$ 799

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 mês
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A Motorola está trazendo ao Brasil seu primeiro relógio inteligente com Android Wear, o Moto 360. Quando foi revelado pela primeira vez, em março, o smartwatch fez bastante sucesso, ironicamente, pela caixa redonda, se diferenciando dos demais dispositivos, que normalmente trazem telas quadradas e design pouco inspirado.

Ao vivo, o Moto 360 é tão bonito quanto nas imagens de divulgação da Motorola. Provavelmente ele parecerá um pouco grande para quem tem pulsos mais finos, mas no geral o smartwatch é bem discreto devido ao design clássico: além da forma redonda, o aro metálico e o botão físico na lateral ajudam o Moto 360 a passar despercebido pelos olhares menos atentos, o que é ótimo para quem não quer chamar a atenção.

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Se o design do Moto 360 foi uma quebra de paradigma entre os smartwatches, nas funcionalidades ele não foge tanto do arroz com feijão, embora o Android Wear pareça ter bastante potencial. Basicamente, o que o Moto 360 faz é se integrar ao smartphone para receber notificações e exibir informações úteis do Google Now — o que já é mais do que alguns relógios inteligentes que vimos no passado, como o Sony SmartWatch 2.

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Naturalmente, você pode atender ou recusar chamadas diretamente no Moto 360, configurar um alarme e iniciar um cronômetro, como em qualquer relógio. Ao integrá-lo com um Android e instalar aplicativos compatíveis, que ainda não são muitos, as funcionalidades começam a se estender. Ele pode, por exemplo, auxiliá-lo na preparação de uma receita: em uma instrução do tipo “coloque no forno por 5 minutos”, o aplicativo poderá gerar uma notificação dentro de 5 minutos.

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Dependendo do horário e do local onde você estiver, o Moto 360 poderá exibir automaticamente um card do Google Now avisando em quanto tempo você conseguirá chegar em casa, assim como já acontece nos smartphones com Android. Entre os vários comandos de voz disponíveis, há o de mostrar a frequência cardíaca — que não funcionou tão bem comigo nas primeiras tentativas.

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Vale mencionar o quanto é estranha a parte inferior da tela circular do Moto 360, que é inutilizada devido à presença de um sensor — você pode dar um “tapa” no relógio com a palma da mão para desligar a tela, por exemplo. Não é a coisa mais feia do mundo, e talvez passe batido dependendo do mostrador que você escolher para o relógio, mas é um pouco incômodo. A LG conseguiu preencher um círculo inteiro no G Watch R, mas em compensação teve que colocar uma borda fixa com números — nesse sentido, o Moto 360 possui um aproveitamento de espaço melhor.

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O Moto 360 será vendido no Brasil a partir desta quarta-feira, 5 de novembro, por R$ 799.

Bônus: Moto Hint é o discreto fone de ouvido sem fio da Motorola

A empresa também revelou, com menos destaque, o Moto Hint. É um fone de ouvido intra-auricular sem fio e extremamente compacto. Ele vem com uma elegante caixinha que dá maior autonomia para o dispositivo: o tempo de conversação pode chegar a dez horas.

Há, claro, integração com os comandos de voz do Moto X: você pode descobrir qual é a previsão do tempo ou receber instruções de navegação sem precisar tocar ou mesmo olhar para o aparelho. Por ficar minúsculo na orelha, o Moto Hint pode ser uma alternativa para usar os recursos do smartphone de maneira mais discreta e prática.

O Moto Hint ainda não tem preço definido para o mercado brasileiro. O valor nos Estados Unidos é de 149 dólares. A Motorola trabalha para lançar o fone de ouvido em dezembro, a tempo das compras de Natal.

Publicado originalmente em 5 de setembro. Atualizado para incluir o preço oficial do Moto 360.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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