ScreamRide é um RollerCoaster Tycoon voltado para a destruição

Giovana Penatti
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• Atualizado há 2 semanas

Se você era fã de RollerCoaster Tycoon, esta cena lhe é familiar: você constrói a montanha-russa mais legal de todas, com a maior velocidade, maiores quedas e capaz de aumentar a adrenalina dos visitantes ao máximo… E ela acaba sendo muito aterrorizante e ninguém vai. Ou, então, num impulso sádico, aumenta ao máximo a velocidade da montanha-russa feita aos moldes da Superman: Escape from Krypton, o carrinho voa para fora e todo mundo morre.

O problema é que, em ambas as situações, seu parque perde reputação e você perde dinheiro. Já em Scream Ride, você cumpre seus objetivos.

O jogo se passa em um futuro em que as pessoas ficaram extremamente entediadas e o único jeito de deixá-las empolgadas de novo é lhes dando o máximo possível de adrenalina, como me contou a gerente de marketing de produtos do Xbox, Leslie Kim, na BGS. Então, eles vão até essa espécie de área de testes de atrações radicais, onde suas reações são medidas e analisadas. O objetivo, portanto, é fazer os visitantes gritarem o máximo possível.

Em ScreamRide, você começa escolhendo o local onde quer jogar. Há seis cenários espalhados pelo mundo e com características locais (o Brasil não é um deles). Após escolher uma locação, você escolhe o modo de jogo: Destruição, Construção ou Scream Rider.

O primeiro, como o nome diz, é para criar o máximo de prejuízo possível. Uma espécie de braço mecânico gira uma cabine em forma de bola para dar impulso e tentar acertar itens do cenário, como prédios, carros, telas gigantes, explosivos. É nesse modo que percebemos como a física do jogo é perfeita – e como os prédios são frágeis: um toque da cabine num pilar faz com que eles desmoronem em pedaços em câmera lenta.

O modo Construção é o que permite construir suas próprias montanhas-russas e compartilhá-las com a comunidade (recurso exclusivo do Xbox One). Nele, as semelhanças com RTC também são mais do que teóricas: as ferramentas são bastante parecidas com as do último título da franquia, incluindo a finalização automática caso você não queira engenhar um caminho até o fim após fazer um corkscrew na vertical.

A semelhança faz sentido: a Frontier, desenvolvedora de RTC3, é parceira da Microsoft em ScreamRide. Eles também fizeram Thrillride, ou seja, têm conhecimento de como fazer jogos sobre montanhas-russas.

“Eles têm bastante experiência com o gênero, mas pensamos ‘o que ainda não foi feito com montanhas-russas?'”, conta Leslie. “[Em ScreamRide] você não precisa lidar com o gerenciamento do parque, vai direto para a ação. É sobre a aventura que você cria e o que ocorre como resultado”. Ela ainda acrescenta algo que suspeitávamos: diz que sempre ouvem histórias de como as pessoas adoravam destruir tudo em RTC e querem ver como será a resposta desses fãs com ScreamRide agora que o objetivo é esse.

Por fim, no modo que dá nome ao jogo você usa modelos prontos de montanhas-russas, as que construiu no modo Construção ou compartilhadas pela comunidade para arrancar o máximo possível de gritos. Para isso, dá para acelerar, brecar, pegar turbos em loopings e aplicá-los mais tarde e controlar o carrinho para ficar em duas rodas, com cuidado para que ele não saia dos trilhos. Administrar tudo isso é mais difícil do que parece, ainda mais quando o carrinho não é preso ao trilho e não parece ter trava de segurança.

Todos os modos têm objetivos a serem cumpridos e que garantem até cinco estrelas, dependendo de como e se conseguir fazê-los. Entre eles, estão não perder nenhum integrante do carrinho, atingir uma velocidade máxima, ficar sobre duas rodas e outros.

Quando o jogo for lançado, haverá mais um modo de construção, no qual você poderá construir também o cenário com as peças fornecidas pelo jogo e compartilhá-lo no Xbox One.

Scream Ride foi anunciado na Gamescon e é exclusivo de Xbox One e 360, com lançamento marcado para o nosso outono do ano que vem. Dificilmente será o jogo da sua vida, mas não dá para negar que é divertido, ainda mais com o fator competitivo: já foi bem legal disputar com Leslie pessoalmente quem conseguia mais estrelas; com uma turma, deve ser ainda melhor. Para quem joga sozinho, há leaderboards para competir remotamente com os amigos de Live.

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Giovana Penatti

Giovana Penatti

Ex-editora

Giovana Penatti é jornalista formada pela Unesp e foi editora no Tecnoblog entre 2013 e 2014. Escreveu sobre inovação, produtos, crowdfunding e cobriu eventos nacionais e internacionais. Em 2009, foi vencedora do prêmio Rumos do Jornalismo Cultural, do Itaú. É especialista em marketing de conteúdo e comunicação corporativa.

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