Em março de 2005 o ICANN – instituição independente que regula endereços da web – negou o pedido da empresa ICM Registry para a criação do domínio .xxx, exclusivamente destinados a sites pornográficos, alegando que eles “feriam as políticas de igualdade e neutralidade na rede”. O caso, como era de se esperar, foi parar nos tribunais.

Na última segunda-feira um júri independente da Associação Americana de Arbitragem, formado inclusive por um juiz da Corte de Justiça norte-americana, concluiu que a decisão tomada há três anos foi “equivocada”. “Os argumentos apresentados há três anos para negar a criação dos domínios .xxx não foram consistentes o suficiente”, afirma o veredito, que também condena o ICANN a bancar os US$ 475 mil (R$ 855 mil) gastos no processo mais US$ 241 mil (R$ 434 mil) pelos honorários dos advogados da ICM.

Mas esse não é o sinal verde para a criação dos sites .xxx.

O jornal The Register lembra que a o ICANN não é obrigado a aceitar a decisão de um tribunal independente, enquanto seu presidente, Rod Beckstrom, prefere manter as portas abertas: “o domínio .xxx voltou à nossa pauta e será votado novamente em nossa próxima reunião, que deve acontecer daqui um mês em Nairobi”, escreveu em um post no blog do órgão.

Vint Cerf, que dirigia a comissão de votação do ICANN na época que o domínio .xxx foi rejeitado afirmou estar “decepcionado” com a decisão.

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João Brunelli Moreno

João Brunelli Moreno

Ex-redator

Formado em comunicação e jornalismo pela Universidade Metodista de Piracicaba, João Brunelli Moreno é redator, blogueiro, roteirista e produtor de conteúdo. Venceu mais de 100 prêmios de publicidade, incluindo o 40° Profissionais do Ano realizado em 2018. Foi autor no Tecnoblog entre 2009 e 2012 cobrindo assuntos relacionados a gadgets, computadores, Apple, Google, Microsoft, entre outros.

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