A gente já sabe que drones podem ser usados para fazer entregas ou filmar jogos de futebol, por exemplo. Mas e auxiliar na manutenção de um avião? Pois é justamente nesta ideia que a EasyJet está apostando: a companhia área britânica usará uma combinação de drones e óculos de realidade aumentada para inspecionar as suas aeronaves.

Drone na EasyJet

O plano da empresa é ser mais eficiente e, consequentemente, cortar gastos com manutenção. Como? Utilizando controles remotos, os engenheiros e mecânicos poderão fazer os drones sobrevoarem rapidamente vários pontos das aeronaves (com estas paradas em solo, é claro), especialmente aqueles que, nos procedimentos convencionais, só podem ser acessados por meio de escadas ou plataformas móveis.

A partir de câmeras de alta definição, lasers e tecnologias relacionadas, os drones terão a missão de “escanear” as aeronaves para reportar danos encontrados, indicar componentes que deverão passar por uma inspeção em breve e assim por diante.

A meta é audaciosa: a EasyJet espera reduzir para cerca de duas horas procedimentos de manutenção que, hoje, duram mais de um dia. Para ajudar no cumprimento deste objetivo, a equipe técnica contará com óculos de realidade aumentada fornecidos pela Epson (o Google Glass foi cogitado, mas a companhia o considerou frágil demais para este tipo de atividade).

Se, por exemplo, um drone encontrar um dano na fuselagem causado pela colisão da aeronave com um pássaro, um mecânico poderá utilizar os óculos para visualizar uma imagem sobreposta para compreender como a parte a ser reparada deverá ficar. Se for o caso, a câmera dos óculos poderá transmitir as imagens que o mecânico está vendo para um engenheiro via Wi-Fi ou rede móvel para que este preste assistência remota.

EasyJet Glass

Em etapas futuras, a EasyJet pretende desenvolver aplicativos para auxiliar mecânicos e pilotos, assim como automatizar as inspeções dos drones, por exemplo. Mas, por ora, a companhia precisa vencer alguns desafios.

Um deles é fazer com que os drones sejam menos vulneráveis a rajadas de vento. Normalmente, os procedimentos de manutenção são feitos em hangares, que são galpões protegidos, mas há situações que podem exigir inspeções com o avião na pista de um aeroporto, por exemplo.

Como o projeto está em fase inicial, não se sabe exatamente quando os drones entrarão em atividade, tampouco quantos deles serão necessários, mas se levarmos em consideração que a EasyJet tem 220 aeronaves dos modelos Airbus A319 e A320, não serão poucos.

Com informações: BBC

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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