A Boeing, aquela companhia que briga com a Airbus pelo posto de maior fabricante de aviões do mundo, acaba de tornar oficial o Black, seu primeiro smartphone Android, cumprindo uma promessa feita há dois anos. O dispositivo vem para integrar a linha de produtos de defesa da companhia, o que explica os recursos de segurança inexistentes em smartphones tradicionais – um deles, a capacidade de “autodestruição”.

Boeing Black

Não que o Boeing Black seja capaz de explodir ou qualquer coisa do tipo. O que o aparelho faz é eliminar todos os dados armazenados caso haja tentativas de violação, como quando alguém tenta abrir a sua carcaça.

Completam seus recursos de proteção as ferramentas de criptografia, a plataforma Android modificada para incluir políticas de segurança rigorosas e o sistema de monitoramento, capaz inclusive de bloquear o acesso ao aparelho quando há mudança irregular de software ou hardware.

No mais, o Boeing Black não difere muito dos smartphones intermediários disponíveis atualmente: o dispositivo conta com tela de 4,3 polegadas e resolução de 960×540 pixels (qHD), processador com dois núcleos Cortex-A9 de 1,2 GHz, suporte a dual SIM, LTE, slot para cartão microSD, duas portas micro-USB, PDMI (padrão de conexão não muito conhecido) e bateria de 1.590 mAh. As demais especificações de hardware, como quantidade de RAM, não foram reveladas.

Um detalhe que chama a atenção é que a traseira do Boeing Black é modular, o que permite a sua troca por uma tampa com bateria extra ou componentes para comunicação via satélite, por exemplo. Depois da segurança, este deverá mesmo ser seu principal diferencial: possibilidade de customização para aplicações específicas.

Como o dispositivo foi planejado para atender aplicações governamentais e militares, não espere encontrá-lo nas lojas. Mas isso já presumimos. A dúvida que fica no ar é: será que o Black conseguirá convencer seu público-alvo? Bom, se pesarmos o fato de a BlackBerry ter sido o principal fornecedor de aparelhos para muitos governos e que seu declínio vem deixando algumas lacunas não-preenchidas, as chances são razoáveis.

Com informações: The Verge

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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