Além de fuçar na Xbox Live, World of Warcraft e Second Life para achar terroristas, a NSA foi aos celulares atrás de informações pessoais por meio do Angry Birds e outros aplicativos (não exclusivamente jogos mobile).

A denúncia, claro, veio de Edward Snowden e foi transmitida pelo The Guardian, ProPublica e The New York Times.

As informações fornecidas pelos apps são obtidas a partir das permissões de aplicativos – aquelas que você concorda sem ler quando vai baixar algum, que detalham a que recursos do seu aparelho o app terá acesso. Dados como número de identificação do smartphone, idade, gênero, localização e até estado civil podem ser obtidos dessa forma pelas agências governamentais de segurança dos EUA e do Reino Unido, a GCHQ.

No caso de Angry Birds, a maior parte das informações vem das propagandas in-app; não foram detalhadas que informações são essas, mas sabe-se que é muito mais do que somente o aplicativo conseguiria.

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A Rovio, produtora do jogo, já soltou um comunicado dizendo que não fornece dados dos usuários para ninguém e que, para proteger a segurança deles, irá, “como todas as outras empresas utilizando redes de anúncios de terceiros, repensar se vai trabalhar com elas, já que estão sendo utilizadas para fins de espionagem”. Angry Birds já foi baixado mais de 1,7 bilhões de vezes, então imagine o tanto de dados que podem ser (ou já foram) obtidos.

No mesmo documento vazado dessa vez, também é mencionada a intenção da NSA em remotamente invadir smartphones e que, ao atualizar o Android, são geradas linhas e mais linhas de código que detalham a atividade do seu aparelho e podem ser interessantes para a agência.

Pelo menos, de acordo com o que os documentos atestam, foram encontradas milhões de ligações suspeitas em análises de telefones dos EUA e do Reino Unido. Não é falado em prisões ou prevenções de atentados graças a esses métodos.

Com informações: Engadget

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Giovana Penatti

Giovana Penatti

Ex-editora

Giovana Penatti é jornalista formada pela Unesp e foi editora no Tecnoblog entre 2013 e 2014. Escreveu sobre inovação, produtos, crowdfunding e cobriu eventos nacionais e internacionais. Em 2009, foi vencedora do prêmio Rumos do Jornalismo Cultural, do Itaú. É especialista em marketing de conteúdo e comunicação corporativa.

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