A TIM é a segunda maior operadora do Brasil em termos de clientes, mas está prestes a ser dividida e vendida para as três outras principais operadoras brasileiras. Pelo menos é o que diz o jornal italiano Il Sole 24 Ore, que afirma ter fontes confiáveis que declaram que essa negociação entre as operadoras está acontecendo.

Para quem não está por dentro, um breve resumo: no segundo semestre de 2013, a espanhola Telefónica, dona da Vivo no Brasil, aumentou sua participação no consórcio Telco, da Telecom Itália, dona da TIM Brasil. Isso significa que agora a Telefónica é dona da Vivo e de boa parte da TIM. Entretanto, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) não permitiu que uma empresa controlasse duas grandes operadoras no Brasil.

Para resolver esse problema, existem algumas possíveis soluções. Uma delas é a Telefónica encontrar um sócio para dividir os negócios da Vivo (o que é improvável). A outra é vender sua participação na TIM.

Tempos atrás, o VP da TIM disse que a operadora "não é linguiça para ser fatiada". Não é bem assim...
Tempos atrás, o VP da TIM disse que a operadora “não é linguiça para ser fatiada”. Não é bem assim…

Desde o aumento de participação na Telco, a Telefónica detém, atualmente, cerca de 10% da TIM Brasil. O que o jornal italiano relata é que a Telefónica estaria criando um fundo de investimento junto a Claro e Oi, para que juntas consigam comprar a TIM Brasil e, por fim, dividir a empresa entre elas.

A Folha de São Paulo estima que a TIM Brasil deve valer entre R$ 29 e 36 bilhões. Entretanto, isso se trata apenas de um grande rumor, e as operadoras brasileiras possuem muitas dívidas com os últimos investimentos, sobretudo em expansão de rede e o que foi gasto no leilão de frequências do 4G.

A Oi, por exemplo, está nadando em dívidas, mas agora com a fusão da brasileira com a Portugal Telecom, as chances desse negócio acontecer ficam ainda maiores: o mercado financeiro já se aqueceu com as especulações e as ações da PT e Oi dispararam em 6% e 9%, respectivamente.

Não podemos deixar de destacar que a divisão da TIM entre as operadoras não seria boa para o consumidor final: é menos um player no mercado, a concorrência diminui e, consequentemente, o mercado de promoções também. Por mais que a TIM tenha inúmeros problemas de qualidade, é fato que a operadora foi a principal precursora dos planos com ligações ilimitadas para clientes da mesma operadora, bem como a operadora com a primeira oferta de internet móvel pré-paga acessível ao consumidor.

Com informações: Reuters, Jornal de Negócios

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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