Quando a Adobe descontinuou a Creative Suite e anunciou que passaria a vender os aplicativos somente através de assinatura, muitos acreditaram que se tratava de uma estratégia para combater a pirataria. A Adobe negou essa intenção posteriormente. E parece que a empresa realmente não concentrou muitos esforços no sistema antipirataria: o Photoshop CC foi pirateado em apenas um dia.

De acordo com o Fstoppers, é fácil burlar a ativação do Photoshop CC, devido a forma como a Creative Cloud funciona. A própria Adobe explica: “Uma conexão à internet é necessária na primeira execução para instalar e licenciar os aplicativos, mas você pode usá-los offline com uma licença de software válida. Os aplicativos para desktop tentarão validar as licenças a cada 30 dias”.

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Sendo assim, os crackers aproveitaram o modo offline para burlar o licenciamento do Photoshop, da mesma forma que nas versões anteriores. Como o Photoshop é um dos softwares mais pirateados do mundo, mesmo se ele necessitasse de conexão constante, parece apenas questão de tempo até que os piratas encontrassem um jeito de burlar o sistema – esse entrave não impediu que SimCity fosse pirateado, por exemplo.

Vale lembrar que a assinatura da Creative Cloud dá acesso a várias funções úteis, como a possibilidade de sincronizar configurações dos aplicativos com a nuvem, publicar páginas nos servidores da Adobe e armazenar 20 GB de dados, que não podem ser usadas com versões pirateadas.

E como a Adobe agora permite que o usuário pague uma pequena quantia por mês (US$ 19,99 por aplicativo ou US$ 49,99 pela suíte completa) em vez de milhares de reais de uma só vez, ele não deve pesar tanto no bolso dos profissionais que trabalham com os softwares, então esta é uma boa oportunidade para muitos legalizarem seus aplicativos.

Com informações: PetaPixel, The Verge.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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