Enquanto o Google se prepara para desativar os servidores do Google Reader, outras empresas correm para tentar conquistar uma parcela dos usuários órfãos. O LinkedIn anunciou ontem que comprou o Pulse, um agregador de notícias que exibe as informações de forma bem peculiar e está disponível em várias plataformas. De acordo com o AllThingsD, a operação envolveu 90 milhões de dólares.

O Pulse tem uma interface diferente dos outros leitores de RSS: em vez de exibir os itens em formato de lista, como na caixa de entrada do seu email, ele mostra blocos individuais para cada artigo, que podem vir acompanhados de uma imagem. É uma pegada mais parecida com a do Flipboard, que exibe os itens em formato de revista.

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Mas o que um agregador de notícias tem a ver com uma rede social voltada para negócios? Segundo o LinkedIn, muita coisa. No anúncio, a empresa cita que o Pulse é um “complemento perfeito” para transformar a rede social numa “plataforma definitiva de publicação profissional, onde os profissionais vêm para consumir conteúdo e os editores compartilham seus conteúdos”.

O TechCrunch diz que os 90 milhões de dólares serão divididos 10% em dinheiro e 90% em ações do LinkedIn, e a operação será concluída no segundo trimestre. Atualmente, o Pulse tem mais de 30 milhões de usuários em 190 países. Ele possui aplicativos para Android e iOS, além de uma interface web em HTML5.

O Pulse como conhecemos hoje continuará funcionando, mas provavelmente não ficará assim por muito tempo: os funcionários do agregador de notícias se juntaram à equipe do LinkedIn para “desenvolver futuras gerações de produtos de consumo de conteúdo profissional”. A aposta mais óbvia é que, num futuro não muito distante, Pulse e LinkedIn sejam apenas um produto.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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