Novidades diretamente da Noruega. O navegador Opera comunicou nessa semana a troca do atual motor de exibição de páginas Presto pelo WebKit e o Chromium. Aproveitaram ainda para comemorar a marca de 300 milhões de usuários mensais rodando Opera na soma de todas as plataformas (inclua aí smartphones, computadores, smart-TVs e tablets).

“300 milhões marcam a primeira volta, mas a corrida continua. Com este último número,  experimentamos a mais rápida aceleração de crescimento que já tivemos. Agora é hora de aumentar a marcha para conquistar uma maior participação no mercado de smartphones”, diz Lars Boilesen, CEO da empresa Opera Software.

Não para por aí. O próprio Boilesen também anuncia que, como estratégia para aumentar a participação em plataformas móveis, o Opera irá gradativamente implantar  o motor open source WebKit e se basear no código do Chromium (navegador do Google), para inicialmente ser lançado nos dispositivos com Android e iOS. Mais tarde ele chega aos computadores (Windows, OS X da Apple e Linux).

O primeiro passo realmente confirmado será uma amostra do Opera Mini para Android, a ser apresentado no Mobile World Congress que acontece de 25 a 28 de fevereiro em Barcelona, na Espanha.

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A estratégia da Opera faz o estilo “se não pode vencê-los, junte-se a eles”. Bom para desenvolvedores web, por agora ter um navegador a menos para testar compatibilidade. Bom para o Opera, que em breve estará em sintonia com os líderes de mercado e talvez não tão bom para os usuários mais fiéis do navegador.

Mudanças na interface e na usabilidade podem ser afetadas, o Opera sempre teve por diferencial novidades que somente depois foram implantadas por seus concorrentes, mas ainda amarga a lanterninha entre os principais navegadores do mercado, com 1.65% de participação. Navegadores bem mais jovens, como o Chrome (33,08%), e de nicho, caso do Safari (7,33%), possuem participação bem mais relevante.

Já em plataformas móveis, a história não é mais animadora. Todos os principais sistemas operacionais móveis (Android, iOS e  Windows RT)  já têm seus navegadores nativos liderando suas plataformas; inovação é um atrativo menor neste ambiente.

Se o navegador norueguês conseguir manter o pioneirismo, que sempre foi sua marca mais conhecida, com a velocidade e  participação no mercado de seus concorrentes, poderemos ter um verdadeiro rival de peso na briga dos browsers.

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